A Bienal Vazia de Ivo MesquitaIvo Mesquita, por Marco Rossi
<http://marco.rossi.zip.net/>
Marco Róssi é artista plástico e convido que todos os meus leitores conheçam seus pensamentos, trabalho e esclarecimentos, como este que repasso à todos.
Ivo Mesquita, "pensou" uma Bienal de São Paulo batizada "vazia".
O Curador da 28ª Bienal de São Paulo, Ivo Mesquita propôs uma reflexão sobre o papel do "tradicional" evento de arte, ao mesmo tempo em que procurou fugir do que chamou de "modelo do século 19".
Esse "pensar" o levou a uma 28ª Bienal sem obras.
De suas declarações preliminares constou: "Quero fazer uma grande instalação em que o prédio fique apenas como algo simbólico". Jorge Cunha Lima, em seu blog
http://blogjorgedacunhalima3.blig.ig.com.br/2007/47/viva-a-bienal-vazia.html ,
se refere à idéia de Ivo Mesquita como genial num momento que chama de deplorável e completa: "Fazer da Bienal uma Anti-Bienal. Um exame de consciência do vazio.
Do vazio gestor e do vazio criador. E se não houver pensamento para preencher as grandes salas vazias, então passaremos da concordata artística à falência espiritual".
Mas, com a ação dos pichadores, o "vazio" foi "preenchido".
Melhor seria que tivesse sido "preenchido" por artistas.
Mas, onde faltou a arte, não faltou a ousadia.
Se ignorante ou não, não importa.
Apenas, saliento que o "vazio" não se sustenta,
já que essa condição é transitória,
ou potencial do recebimento de algo que o venha a preencher.
Imagino que o conceito do "vazio" na Bienal de Ivo Mesquita deva ter incluído essa hipótese.
Conceito sobre conceito, num ato copulativo que leva à gestação e nascimento de outro conceito. O pensar é algo inerente à arte, ou melhor, sempre o foi no tocante à sua produção. Contudo, o presente nos traz um pensar em arte diferente: aquele em que se pensa mais do que se produz. Também, pudera, nunca o tempo passou tão rápido. E, em passado assim célere, o tempo não nos dá tempo para digerir mudanças.
Ao escrever essa linhas sobre a "Bienal Vazia", me socorre o "pensar" dos artistas da Pop Art, que, ainda nos anos 1950, pretendiam idenficar o movimento à "Anti-Arte".
Contudo, sua "anti-arte" acabou no mercado de arte a preço bilionário.
Dessa forma, não há como ver algo de tão inédito na "Bienal Vazia", senão reconhecer nela um ar "déjà vu".
A idéia da "Bienal Vazia"
é fruto de um "pensar" que leva a uma obra de arte única, representada pelo "vazio" nas dependências do prédio do Parque do Ibirapuera.
Ivo Mesquita "pensou" uma "Bienal Vazia" e a levou a efeito.
Enquanto a "pensou vazia", foi dela curador; quando levou o "pensar" a "efeito", afastou do evento os artistas e se tornou o único artista participante.
Marco Róssi é artista plástico e convido que todos os meus leitores conheçam seus pensamentos, trabalho e esclarecimentos, como este que repasso à todos.
Ivo Mesquita, "pensou" uma Bienal de São Paulo batizada "vazia".
O Curador da 28ª Bienal de São Paulo, Ivo Mesquita propôs uma reflexão sobre o papel do "tradicional" evento de arte, ao mesmo tempo em que procurou fugir do que chamou de "modelo do século 19".
Esse "pensar" o levou a uma 28ª Bienal sem obras.
De suas declarações preliminares constou: "Quero fazer uma grande instalação em que o prédio fique apenas como algo simbólico". Jorge Cunha Lima, em seu blog
http://blogjorgedacunhalima3.blig.ig.com.br/2007/47/viva-a-bienal-vazia.html ,
se refere à idéia de Ivo Mesquita como genial num momento que chama de deplorável e completa: "Fazer da Bienal uma Anti-Bienal. Um exame de consciência do vazio.
Do vazio gestor e do vazio criador. E se não houver pensamento para preencher as grandes salas vazias, então passaremos da concordata artística à falência espiritual".
Mas, com a ação dos pichadores, o "vazio" foi "preenchido".
Melhor seria que tivesse sido "preenchido" por artistas.
Mas, onde faltou a arte, não faltou a ousadia.
Se ignorante ou não, não importa.
Apenas, saliento que o "vazio" não se sustenta,
já que essa condição é transitória,
ou potencial do recebimento de algo que o venha a preencher.
Imagino que o conceito do "vazio" na Bienal de Ivo Mesquita deva ter incluído essa hipótese.
Conceito sobre conceito, num ato copulativo que leva à gestação e nascimento de outro conceito. O pensar é algo inerente à arte, ou melhor, sempre o foi no tocante à sua produção. Contudo, o presente nos traz um pensar em arte diferente: aquele em que se pensa mais do que se produz. Também, pudera, nunca o tempo passou tão rápido. E, em passado assim célere, o tempo não nos dá tempo para digerir mudanças.
Ao escrever essa linhas sobre a "Bienal Vazia", me socorre o "pensar" dos artistas da Pop Art, que, ainda nos anos 1950, pretendiam idenficar o movimento à "Anti-Arte".
Contudo, sua "anti-arte" acabou no mercado de arte a preço bilionário.
Dessa forma, não há como ver algo de tão inédito na "Bienal Vazia", senão reconhecer nela um ar "déjà vu".
A idéia da "Bienal Vazia"
é fruto de um "pensar" que leva a uma obra de arte única, representada pelo "vazio" nas dependências do prédio do Parque do Ibirapuera.
Ivo Mesquita "pensou" uma "Bienal Vazia" e a levou a efeito.
Enquanto a "pensou vazia", foi dela curador; quando levou o "pensar" a "efeito", afastou do evento os artistas e se tornou o único artista participante.
Comentários
Postar um comentário
Não aprovo comentário ANONIMO!