Tempo De Colégio


Que bom se a vida fosse assim, de mãos dadas, e sorrindo.
Tarcísio, irmão mais velho. Eu aqui, era a mais nova, logo depois veio o Ricardo.
Moravamos na Simão Alvares, número 59, em Pinheiros.
Meu pai trabalhava na Cooperativa Agrícola de Cotia, também no mesmo Bairro.
Morávamos com meu avô, uma das minhas grandes paixões. Ainda posso sentir o cheiro do lanche que tinha dentro desta lancheira de couro. Que saudades.
A nossa Rua, era nossa literalmente. Conhecíamos todo mundo e brincavamos nela também. Ora com carrinho de rolemã, ora tomávamos banho de chuva e na Rua Pinheiros se formava uma verdadeira piscina!
Fazíamos todas as artes possíves. Tocava campainha na casa dos vizinhos e saíamos correndo. Mascava chiclete até encher a boca e juntava o meu chiclete com o da amiga e esticavamos a goma de mascar de modo que cada uma ficasse de um lado da rua e a outra do outro, assim o carro passava, pensando que era papel, barbante ou coisa parecida. Esticava, até arrebentar e nós morríamos de rir.
Saíamos a cata de mais moedas para colocarmos mais chicletes na boca e assim poder repetir tudo.
Brincavamos de boneca, de "cabaninha" as vezes de riscar o carro dos amigos com pedra e chegamos ao cúmulo da burrice, de ecrever o nome de cada uma de nós no carro de um vizinho. No dia seguinte, o dono do carro tinha endereço certo para reclamar aos pais. O meu pagou parte da pintura de uma Kombi.
Fazíamos festa de aniversário. Era uma delícia o gosto dos doces e salgadinhos. Os bolos enfeitados que mamãe fazia. Eram lindos demais.
Meu avô diariamente me buscava no Colégio Machado de Assis e enquanto eu almoçava, ele lustrava minha maçã. Todos ficavam malucos com ela linda e brilhante.
Vovô sempre me presenteava com caixas de sapatos. Aí está minha paixão por este acessório e necessidade que não podemos dispensar.
E por aí, foi nossa vida de criança.

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